sexta-feira, 4 de março de 2011

Mensagem A DIVINA ARTE DE AMAR

A DIVINA ARTE DE AMAR

O amor é o hálito divino alimentando a vida. Joanna de Angelis 
O ato de amar é uma construção, que se inicia desde o momento da criação do Espírito imortal quando ainda em processo de individualização. A força divina como um impulso criador gera na matéria mais simples, energia que determinará nas estruturas posteriores uma atração incessante de movimentos e ações que resultará no ser pleno em sua dimensão de amar.
Como diz Lázaro no Evangelho Segundo Espiritismo no cap. VIII: “No seu ponto de partida, o homem só tem instintos; mais avançado e corrompido, só tem sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos; e o amor é o requinte do sentimento.”  Este processo de elaboração ocorre na fieira do tempo, mais alcançará o seu fim inexoravelmente.
Experimentamos, nas diversas fases do crescimento situações que se repetem com mais complexidade quando o ser mais evolui.
 Percebemos  que na fase humana do desenvolvimento, apresentamos de início um amor que na fase do instinto, se revela como infantil, de posse, de controle, de dispor do outro para satisfazer o seus desejos é o AMOR PORNEIA – eu te amo enquanto você me atende os meus desejos, mas se não atender mais os meus desejos não amo mais, busco outro amor...
Depois entramos em uma fase das sensações, se revela como uma atitude adolescente de ser, no questionamento de como amar, nas discussões homéricas que não termina nunca sobre o relacionamento,  provocar no outro emoções para que daí surja motivo para questionar o amor que sente, ou seja vive um tormento o tempo todo provocando emoções que ele mesmo não sabe dar conta é o AMOR EROS – eu te amo, mais vamos conversar para ver qual é a melhor maneira de  você provar que me ama...
Entramos assim, depois de instruídos e purificados na fase do sentimento que ainda não tão elaborados mais sentimos a importância do outro, já tento fazer o melhor para o outro na mesma medida que o outro faça para mim, ainda tenho o desejo que o outro me ame um pouco mais, pois ainda preciso me afirmar no meu sentimento  é AMOR FILIA – eu te amo, mais seria muito bom que você me amasse também como eu te amo e se puder um pouquinho mais...
Chegamos então na fase tão esperada do desenvolvimento humano no requinte do sentimento – o amor, agora eu me preocupo com o outro mais do que a mim mesmo, eu quero fazer o outro feliz mesmo que me custe a minha felicidade, eu quero para o outro o melhor como se fosse para mim é o AMOR ÁGAPE – eu te amo como você é, e farei de tudo para você ser feliz...
E podemos concluir com Lázaro:
“A lei do amor substitui a personalidade pela fusão dos seres e extingue as misérias sociais. Feliz aquele que, sobrelevando-se à humanidade, ama com imenso amor os seus irmãos em sofrimento! Feliz aquele que ama, porque não conhece as angústias da alma, nem as do corpo! Seus pés são leves, e ele vive como transportado fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou essa palavra divina, — amor — fez estremecerem os povos, e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.” Evangelho Segundo Espiritismos Cap. VIII.
E a Divina Arte de Amar esta no próprio amor...
Ama e será feliz.
Florianópolis, SC, 04 de março de 2011.

Sidney Lourenço