segunda-feira, 2 de junho de 2014

Mensagem TRABALHAR COM ALEGRIA



Havia uma fazenda onde os trabalhadores viviam tristes e isolados uns dos outros.

Eles estendiam suas roupas surradas no varal e alimentavam seus magros cães com o pouco que sobrava das refeições.

Todos que viviam ali trabalhavam na roça do senhor João, dono de muitas terras, que exigia trabalho duro, pagando muito pouco por isso.

Um dia, chegou ali um novo empregado, cujo apelido era Zé Alegria. Era um jovem agricultor em busca de trabalho.

Foi admitido e recebeu, como todos, uma velha casa onde iria morar enquanto trabalhasse ali.

O jovem, vendo aquela casa suja e abandonada, resolveu dar-lhe vida nova.

Cuidou da limpeza e, em suas horas vagas, lixou e pintou as paredes com cores alegres e brilhantes, além de plantar flores no jardim e nos vasos.

Aquela casa limpa e arrumada destacava-se das demais e chamava a atenção de todos que por ali passavam.

Ele sempre trabalhava alegre e feliz na fazenda, por isso tinha o apelido de Zé Alegria.

Os outros trabalhadores lhe perguntavam: Como você consegue trabalhar feliz e sempre cantando com o pouco dinheiro que ganhamos?

O jovem olhou para os amigos e disse: Bem, este trabalho hoje é tudo que eu tenho.

Ao invés de blasfemar e reclamar, prefiro agradecer por ele. Quando aceitei trabalhar aqui, sabia das condições.

Não é justo que, agora que estou aqui, fique reclamando. Farei com capricho e amor aquilo que aceitei fazer.

Os outros, que acreditavam ser vítimas das circunstâncias, abandonados pelo destino, o olhavam admirados e comentavam entre si: Como ele pode pensar assim?

O entusiasmo do rapaz, em pouco tempo, chamou a atenção do fazendeiro, que passou a observá-lo à distância.

Um dia o sr. João pensou: Alguém que cuida com tanto carinho da casa que emprestei, cuidará com o mesmo capricho da minha fazenda.

Ele é o único aqui que pensa como eu. Estou velho e preciso de alguém que me ajude na administração da fazenda.

Num final de tarde, foi até a casa do rapaz e, após tomar um café bem quentinho, ofereceu ao jovem o cargo de administrador da fazenda.

O rapaz aceitou prontamente. Seus amigos agricultores novamente foram lhe perguntar:

O que faz com que algumas pessoas sejam bem sucedidas e outras não?

A resposta do jovem veio logo: Em minhas andanças, meus amigos, eu aprendi muito e o principal é que não somos vítimas do destino. Existe em nós a capacidade de realizar e dar vida nova a tudo que nos cerca. E isso depende de cada um.

* * *

Toda pessoa é capaz de efetuar mudanças significativas no mundo que a cerca.

Mas, o que geralmente ocorre é que, ao invés de agir, jogamos a responsabilidade da nossa desdita sobre os ombros alheios.

Sempre encontramos alguém a quem culpar pela nossa infelicidade, esquecidos de que ela só depende de nós mesmos.

Para encobrir sua indolência, muitos jogam a culpa no governo, nos empresários, nos políticos, na sociedade como um todo, esquecidos de que quem elege os governantes são as pessoas; que quem gera empregos são os empresários, e que a sociedade é composta pelos cidadãos.

Assim sendo, cada um tem a sua parcela de responsabilidade na formação da situação que nos rodeia.

E para ser feliz, basta dar ao seu mundo um colorido especial, como o personagem desta história que, mesmo numa situação aparentemente deprimente para os demais, soube fazer do seu mundo uma realidade bem diferente.

E, conforme ele mesmo falou: existe em nós a capacidade de realizar e dar vida nova a tudo que nos cerca.

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita, com base em conto extraído do livro Histórias para sua criança interior, de autoria de Eliane de Araujoh, ed. Roca.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Mensagem O COMPANHEIRO OCULTO

O COMPANHEIRO OCULTO
Emmanuel 

Nos empecilhos de agora, reflete nos empecilhos outros que já te viste na contingência de atravessar.

Inquire de ti como venceste as crises da estrada e verificarás que a superação veio muito mais do amparo oculto que da tua capacidade de ver e providenciar.

É que detinhas ontem, quanto possuis hoje e terás sempre o companheiro encoberto que trabalha contigo em silêncio...

Lágrimas que te pareciam inestancáveis desapareceram, um dia, de tua face, enquanto que sorrisos de confiança te repontaram do rosto, à maneira de rosas a se te enraizarem, incompreensivelmente, no coração.

Dificuldades que te sitiavam a vida, à feição de labaredas ameaçadoras, por todos os lados, se extinguiram, como por encanto, qual se chuvas balsâmicas jorrassem do céu, libertando-te a passagem para outros campos de interesse e realização.

Aversões gratuitas te amargavam as horas, mas um instante apareceu em que os teus mais ferrenhos inimigos te brindaram com testemunhos de solidariedade e simpatia.

Provações necessárias te deixaram o espírito, lembrando gleba arrasada por praga consumidora, entretanto, novas plantações de afeto e de esperança nasceram em derredor de teus passos, encaminhando-te à lavoura do encorajamento e da paz.

Se indagas de ti mesmo como e porque te sucederam semelhantes prodígios, não sabes explicá-los na origem, dando-te conta unicamente de que te achavas no desempenho das próprias obrigações, quando o apoio invisível te surpreendeu com luzes e benções renovadoras.

Ainda hoje, se mágoas e obstáculos te visitam, prossegue na área dos deveres que o mundo te conferiu, porque Deus, o companheiro que te sustenta e te inspira, permanece contigo, propiciando-te sentido à tarefa e significação à existência.

Na maior parte dos fracassos humanos, habitualmente, vemos o desespero de alguém que não soube ou não quis aguardar a intervenção oculta da Divina Providência, nas horas de aflição ou indecisão.

Por maiores as tuas dificuldades, não esmoreças.

Prossegue trabalhando e esperando, na trilha das obrigações que a vida te assinalou, porque Deus está agindo para resguardar-te em segurança e oferecer-te o melhor.

Emmanuel
Psicografia de Francisco Cândido Xavier
Livro: Mãos Unidas

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Mensagem ENTRE FALSAS VOZES




ENTRE FALSAS VOZES
Emmanuel

Se a preguiça te pede: “Descansa!”, responde-lhe com algum acréscimo de esforço no trabalho que espera por teu concurso.

Se a vaidade te afirma: “Ninguém existe maior que tu!”, retribui com a humildade, reconhecendo que não passamos de meros servidores da vida, entre os nossos irmãos de luta.

Se o orgulho te diz: “Não cedas!”, aprende a esquecer-se, auxiliando sempre.

Se o ciúme te segreda aos ouvidos: “A posse é tua!”, guarda silêncio em tua alma e procura entender que o amor e o bem são bênçãos do Céu, extensivas a todos.

Se o egoísmo te aconselha: “Retém!”, abre as tuas mãos e distribui a bondade com os que te cercam.

Se a revolta te assevera: “Reage e reivindica os teus direitos!”, aguarda a Justiça Divina, trabalhando e servindo com mais abnegação.

Se a maldade te sugere: “Vinga-te!”, considera que mais vale amparar constantemente o companheiro, quanto temos sido auxiliados por Jesus, a fim de que o amor fulgure em nossas vidas.

Os falsos profetas vivem nos recessos de nosso próprio ser.

Surgem, cada dia, invariáveis, na forma da intriga ou da maledicência, da leviandade ou da indisciplina, induzindo-nos a cerrar o coração contra a consciência.

Se aceitamos Jesus em nosso roteiro, ouçamos o que nos diz o seu ensinamento e apliquemo-nos a pratica de suas Lições Sublimes.

Olvidemos as insinuações da ignorância e da treva, da crueldade e da má fé, que nos enrijecem o sentimento e, de coração unido à Vontade do Mestre, vendo a vida por seus olhos e ouvindo os nossos irmãos, através de seus ouvidos, estaremos realmente habituados à posição de intérpretes do seu Infinito Amor, em qualquer parte.




Emmanuel
Psicografia de Francisco Cândido Xavier


Do livro 
Levantar e Seguir